[kde-i18n-pt] Mais algumas...
J M Cerqueira Esteves
jmce artenumerica.com
Quinta-Feira, 22 de Janeiro de 2004 - 01:32:03 CET
On Wed, 2004-01-21 at 23:53, Duarte Loreto wrote:
> Por último, quanto ao comentário de "chique" e "politicamente correcto"
> sobre o "usar/utilizar" e "mudar/alterar"... Temos de nos lembrar que
> estamos a fazer um trabalho que pode tanto servir empresas (e o Estado, quem
> sabe) como utilizadores particulares.
Esse é o princípio que tento seguir, e de qualquer forma faz parte das
recomendações de tradução.
> Temos de ter qualidade de tradução
... o que não implica necessariamente adoptar alguns hábitos
só porque *parecem* bem. Escrita baseada em algumas modas (nem sequer
necessariamente vindas das fontes de melhor qualidade) nem sempre é
a melhor escrita. Mais pormenores, por exemplo, no A Handbook for
Scholars, da Mary-Claire van Leunen, onde alguns estilos de escrita
muitas vezes considerados como "académicos" são postos no devido
lugar... (mas engane-se quem julgar que a senhora é a favor da balda).
> e talvez mesmo sermos politicamente correctos.
Eu diria "e certamente sermos respeitadores mas sem confundir isso com
newspeak, bluff ou obfuscação". :-)
> Se o português correcto nem sempre é igual ao corrente, não quer dizer que
> se utilize o corrente.
Precisamente. Eu referia-me a vícios, modas, falsas sofisticações que
se tornam correntes\ mas não são por isso sinais de mais correcção.
Como fugir da palavra "usar", por exemplo. Sei como é porque
também dou comigo a fazer o mesmo já sem dar por isso. :-)
> Uma aplicação bem traduzida deve também ser também
> educativa.
Completamente de acordo.
> Por falta de coisas educativas é que temos tantos jovens (muitos
> licenciados) que não são capazes de escrever duas frases direitas sem o
> corrector ortográfico.
E alguns catedráticos a precisar de ler Mary-Claire van Leunen,
Donald Knuth, Clifford Truesdell e Harold Bloom. :-)
Alguns desses catedráticos a definir política educativa...
> Se não seguirmos determinado tipo de regras, não tarda nada mais vale
> começar a traduzir "Are you sure you want to delete the file" por "Ker mm
> apagar o fixeiro?"...
Com opções de resposta: Tásse! / Népia!
(ou seja lá o que estiver em voga).
> Por curiosidade, no Irão as traduções têm de ser feitas de acordo com um
> dicionário de conversão de termos definido por uma entidade governamental.
E há o "couriel" da República-Não-Islâmica-Francesa
para zelar contra a intifada do "email". :-)
> Se bem que penso que tal seja um exagero... Concordo que a tradução deve
> recorrer a termos o mais correctos possível.
> Ou mais vale ficar quieto.
Xim. :-)
Cumps & thanks again
JM
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