[Kde-br] Foto do Release Fest BH

Lamarque Souza lamarque em gmail.com
Quinta Fevereiro 11 23:22:22 CET 2010


On 2/10/10, Tomaz Canabrava <tcanabrava em kde.org> wrote:
> Ganhar dinheiro Programando com KDE:
>
> fácil, pega emprego em alguma empresa que ganhe dinheiro com KDE.
> ex.: Mandriga, RedHat, Collabora, KDAB, RedFlag. provavelmente suas
> modificações no código do KDE irão para dentro do código fonte do KDE
> e você estará ajudando a comunidade KDE *e* ganhando dinheiro. Isso
> não é o comportamento padrão, entretanto. a maioria do código do KDE é
> feito por colaboradores não remunerados.
>
> O Projeto KDE recebe doações desses projetos supracitados ( mostrando
> que sua visão de mundo perfeito de doações realmente existe, não da
> forma que havia imaginado ), e guarda para coisas futuras.
>
> Como o KDE Gasta esse dinheiro / Para quem vai o dinheiro do KDE?
>
> Pra muita gente, inclusive os que trabalham de forma não remunerada:
> o KDE usa esse dinheiro para promover encontros de desenvolvedores,
> que funciona da seguinte forma:
>
> um encontro é marcado, você se inscreve. se eles souberem quem você é,
> e se eles souberem que você pode fazer uma diferença estando no
> encontro, eles pagam 80% de sua passagem e sua hospedagem ( claro,
> precisa ser aprovado antes ), e você voa alegre e feliz pra algum
> canto do mundo conhecer seus colegas de trabalho no KDE.
>
> Quais são os maiores encontros?
>  - CampKDE
>  - Akademy
>  - Tokamak
>
> Uma forma de ir sendo pouco conhecido no KDE é participar de um Summer
> of Code, já que você estaria ingressando o KDE.
>
> agora , quanto a questão ''Sua lingua'', eu sinceramente, não entendi
> direito.
>
> Tomaz
>
> 2010/2/10 Célio Ishikawa <nassifudeu em gmail.com>:
>> Olá pessoal.
>>
>> Inicialmente gostaria de pedir desculpas por ter subido o tom. Não sou
>> como
>> o Maddog (na juventude, quando ele ganhou esse apelido) mas tem momentos
>> que
>> acabo me exaltando. Agora estou entendendo que o estado da proposta de
>> Planeta KDE ainda está em suspenso por cautela, mas que ainda pode surgir,
>> e
>> quanto à lista de discussão, me comprometo a não mais fazer cross-post e
>> caso, em alguma questão, haja resposta que venha de outra lista, redijo
>> uma
>> versão digerida especialmente para KDE-Br.
>>
>> Vamos então à algumas questões de conteúdo. Desculpem se algumas questões
>> fugiram do objetivo do KDE, mas não poso deixar de agradecer aos membros
>> que
>> tiveram o trabalho de comentar, criticar. Isso prova que há mentes
>> brilhantes na lista e não teria conseguido chegar a algumas reflexões sem
>> elas.
>>
>>
>> 1. Quanto aos softwares livres e doações.
>>
>> Essa é uma das questões que não teria caído minha ficha sozinho.
>>
>> Num mundo ideal haveria diálogos assim:
>>
>> "o X.Org vai doar ao KDE pelos seus feitos"
>> "Ah, que é isso, o KDE é quem vai doar ao X.Org"
>> "olha, nós do desenvolvimento do Kernel vamos doar para vocês pois sem
>> vocês
>> muitos usuários não teriam entrado no Linux"
>> "Que é isso, nós vamos doar a vocês pois nem X.Org nem KDE teriam chegado
>> até aqui sem o Kernel"
>> "Ei, já que temos dinheiro sobrando, que tal todos doarem para o projeo de
>> Hardware Livre? E depois cada um porta os códigos para que o hardware novo
>> funcione corretamente"
>> "grande idéia, depois eles doam de volta para a gente"
>>
>> Como minha cabeça funcionava pensando nesse mundo ideal, é por isso que na
>> minha imaginação o KDE doaria para o meu projeto. Vejo que foi um devaneio
>> meu. E isso parece recíproco, no sentido do KDE também não poder querer
>> doação de mim se o time do KDE ajudar a portar meu projeto aos usuários do
>> KDE.
>>
>> Embora na minha cabeça faça sentido o modelo de doações mútuas até para
>> acelerar desenvolvimento do Software livre (e ressalte-se aqui que o fato
>> que eu querer ou não dinheiro é independente do meu apoio ao sofware
>> livre),
>> se não funciona desse jeito não posso fazer nada. Talvez seja por isso que
>> um sistema de comunicação e doações seja um dos 10 projetos prioritários
>> da
>> FSF, ao lado das alternativas livres ao GoogleEarth e Flash. Mas enfim, se
>> o
>> KDE até agora vem trabalhando de uma forma, que continue assim.
>>
>>
>> 2. Interfaces, patentes, licenças
>> O grosso do restante é sobre interpretações quanto às patentes, licenças,
>> etc. Digo "interpretações", mesmo que algumas informações tenham sido
>> passadas com objetivo de mostrar "a verdade". Gostaria de dizer que li sim
>> todas as mensagens, e o que pode ter acontecido é a assimilação de algum
>> dado ter-me escapado, não quis desrespeitar ninguém.
>>
>> Um resumo dos tópicos:
>>
>> - Sobre registros e licenças
>> A patente é um meio de registrar um conjunto de esquemas. Vou definir
>> assim
>> pois registro de "idéias" é inadequado e causou controvérsias (idéias não
>> são patenteáveis, com exceção da USPTO, que paralisou o procedimento -
>> vide
>> http://www.linuxmagazine.com.br/noticia/eua_bane_patentes_de_software_ate_segunda_ordem).
>> Já a licenciamento é feito depois, é outra coisa, e existe o termo
>> "licenciar patente" que se trata de licenciar o seu uso/aplicação/difusão
>> por terceiros, já que a autoria é inalienável. Do mesmo modo que regisrar
>> é
>> diferente de licenciar, licenças em CC (creative Commons) ou GPL são
>> feitos
>> à parte de patentes e alguns preferem chamar de "direito de compartilhar"
>> ou
>> "de cópia".
>>
>> - patente x FSF
>> GPL pode ser feito com ou sem patente. No entanto, A FSF (Free Software
>> Foundation) é contra patentes de softwares. Isso porque eles defendem uma
>> filosofia e não porque sejam é impossível patentear e usar GPL. Pode não
>> ser
>> recomendável misturar smel e sopa, mas não que eles se separem como água e
>> óleo. De minha parte deixarei assim: não usarei patentes, mas não como
>> decisão definitiva, caso se mostre mais apropriado ter esse registro, o
>> farei
>>
>> - Prior art, CC, Wordpress
>> Esboçando estratégias, a licença em CC, argumento de Prior Art, divulgar,
>> ter testemunhas, etc são coisas que não nasceram com a finalidade de
>> registro de "idéias" ou "conjunto de esquemas", para o qual o mais
>> adequado
>> para muitos continua sendo a patente. (Onde por exemplo um esquema é do
>> autor independentemente de ser desenhada com cores diferentes, carvão,
>> guache, 3D design, etc, esse papo muda se estivermos falando de obras de
>> arte - objetivo do CC - e dos registros de desenho industrial).
>> Entretanto,
>> apesar de compreender o objetivo delas, entendam que o uso delas é
>> preventivo, e são alternativas que quero ter pelo fato de ter optado pelo
>> não-patenteamento (na maioria dos casos).
>>
>> - interface é de quem?
>> Existe uma discussão que para alguns é até anterior à discussão de
>> resgistros ou licenças: Para alguns a interface sem código é apenas idéia.
>> Ou colocando em outros termos: se idéia não é patenteável mas um "conjunto
>> de esquemas" sim, Para alguns (como eu) a interface passa a ser um
>> conjunto
>> de esquemas a partir da definição de seu comportamento, enquanto que para
>> outros, passa a ser o conjunto de esquemas a partir dos códigos fonte.
>>
>> É bom deixarmos ressaltado essa diferença de concepção. Existe um filme
>> chamado "Piratas do Vale do Silício" em que os jovens Steve Jobs e Bill
>> Gates introduzem a interface gráfica ao mundo. ("bons artistas copiam,
>> grandes artistas roubam": http://www.youtube.com/watch?v=0Rvn71r_Oic ) e
>> eles são chamados de piratas pois a interface gráfica com mouse foi
>> desenvolvida pela Xerox (ou pode ter sido do Atari, como observou outro
>> membro da lista http://en.wikipedia.org/wiki/File:Atari_TOS_1_0.png)
>> Segundo
>> alguns eles, eles se apropriaram indevidamente, mas segundo outros, o que
>> eles fizeram foi legítimo, pois cada empresa gerou seu próprio código.
>>
>> Daí que precisamos esclarecer que não estávamos falando a mesma língua num
>> dos pontos mais polêmicos: a do KDE "supostamente se apropriar" de
>> interfaces dos outros tais como janelas, barras, etc. Seja porque se
>> tratam
>> de interfaces criadas há muito tempo (20 anos é suficiente para patentes
>> se
>> extinguirem, vide o desfecho do arquivo GIF que causava transtornos assim
>> http://support.microsoft.com/kb/193543/pt-br mas é livre desde 2003
>> http://info.abril.com.br/aberto/infonews/062003/09062003-3.shl), ou seja
>> porque nunca foram patenteáveis, eu mesmo reconheço que KDE não se
>> apropriou
>> de nada.
>>
>> E quanto a minha interface a questão não é relevante pois já tinha
>> intenção
>> de deixá-la livre. A única consequência que a diferença de linguagem trará
>> é
>> que para alguns eu estarei sendo benevolente de disponibilizar, e para
>> outros estarei fazendo o óbvio, mas como não ligo para títulos assim, não
>> fará diferença.
>>
>> O KDE não me deverá nada (a não ser atribuição de autoria) mesmo que ela
>> use
>> a interface pagável (segundo alguns), pois anteriormente à isso já tinha
>> intenção de mostrar a quem se interesasse no KDE. Só quero que compreendam
>> se futuramente eu negociar alguma interface, algo possível segundo minha
>> língua.
>>
>> Ademais, quando falei de detalhes do KDE visto em outros sistemas, de
>> nenhum
>> jeito quis dizer que ela é uma imitação do Windows. Bata ver demonstrações
>> no Youtube para ver que KDE ganha.
>>
>>
>> Não sei se esqueci de mais algum ponto, mas estamos aí.
>>
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