[Kde-br] Chamada de trabalhos
Mauricio Piacentini
piacentini em kde.org
Quarta Agosto 19 20:20:43 CEST 2009
Bom, vamos ver a coisa dos dois lados...
Sim, talvez devesse existir um certo "gerenciamento" de novos
contribuidores. Idealmente, uma lista com o que é necessário fazer,
como começar, etc. Existe o conceito de "junior jobs"
http://techbase.kde.org/Contribute/Junior_Jobs
mas pouca gente chega até lá. O problema é achar alguém para fazer
esse meio de campo. E não adianta muito fazermos isso aqui só no
Brasil, a não ser para o projeto de tradução (onde aliás essas
questões já estão bem resolvidas no wiki.) Para contribuir com código
a pessoa tem que se enfiar mesmo no projeto global, não tem jeito.
Isso significa ler as mailing lists (em inglês, obrigatoriamente, um
obstáculo para grande parte dos contribuidores potenciais não só daqui
como de 90% dos países do mundo.) Depois aprender como baixar o
código, como compilar, como resolver os problemas encontrados nos dois
passos anteriores... Depois achar um subprojeto de seu gosto, ou criar
um, e simplesmente começar a contribuir com código, arte ou
documentação. E se a pessoa for insistente mesmo vai receber TODO o
apoio necessário nas listas de cada projeto, KDE Edu, KDE Games,
Plasma...
Mas, sendo honesto, não existe no projeto essa figura da pessoa que
pega os outros pela mão e ensina o que tem que fazer, pelo menos
ainda. Nem sei se seria possível: talvez aprender o caminho seja já
parte do caminho, entendem? Essa primeira barreira é talvez menor do
que pareça, e com certeza menor do que as outras que vão aparecer no
futuro.
Isso não significa que a gente não tenha falta de documentação, falta
de pessoal, recursos, que seja tudo perfeito, etc. Podemos melhorar,
mas acho que no KDE não tem muito essa coisa de chefe->gerente->peão.
Todo mundo é chefe, e ao mesmo tempo gerente, e ao mesmo tempo peão,
de certa maneira. Então ninguém vai te dar uma lista de tarefas de
bandeja (a não ser o bugs.kde.org). Minha sugestão é meter as caras, e
ir contando com a ajuda das pessoas (que vão aparecer) para resolver
os problemas (que também vão aparecer.) Mas acho que a iniciativa tem
que partir de quem quer aprender a aprender a contribuir, pelo menos
na estrutura atual.
Agora, outra coisa é a estrutura regional, aqui no Brasil. Não sei
ainda como esta vai se organizar, acho que é algo orgânico que ainda
está em formação. Se acharmos interessante ter recursos em português e
grupos de desenvolvimento locais (acho que é parte da proposta do Live
Blue) podemos fazer isso. Inclusive pode servir como modelo aos
desenvolvedores de outros países, já que todos temos basicamente as
mesmas questões.
Até,
Mauricio Piacentini
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